Mergulhar numa piscina em dias de calor escaldante é um presente, não é mesmo? Mas aí você pensa na quantidade de produtos químicos, na pele e no cabelo ressecados e a empolgação diminui? Bom, saiba que não é preciso entrar num mar (quer dizer, piscina) de cloro para se refrescar. As piscinas naturais são uma boa alternativa.
Também chamadas de piscinas ecológicas ou biológicas, elas reproduzem essencialmente o que acontece na natureza, pois as responsáveis pela filtragem acabam sendo as plantas. Achou interessante? Conheça um pouco mais sobre essa tendência que teve início lá nos anos 70, na Europa, e tem conquistado cada vez mais adeptos.
Como funcionam as piscinas naturais?
Não basta jogar algumas plantas, pedras e cascatas para que a piscina se torne automaticamente uma piscina natural. Existe uma série de cuidados e todo um sistema para que realmente funcione.
A primeira etapa é criar uma tela de proteção no fundo do terreno em que será construída a piscina. Em seguida, divide-se a área em duas regiões: o reservatório, que é a parte destinada ao banho, e uma outra área chamada de zona de regeneração, que será responsável pela filtragem e limpeza da água, formada por pedras, areias e plantas.
A área vegetativa proporciona oxigênio decorrente do processo de fotossíntese e retém as impurezas. Assim, o que se cria é um processo que se assemelha àquele que ocorre na natureza, com plantas aquáticas e lagos.
ATENÇÃO: não é qualquer planta que funciona nesse ambiente: normalmente são usadas as de tipo flutuantes e marginais, como aguapé, elódea, lentilha d’água e taboa. No entanto, cada projeto terá uma planta que melhor se adeque ao ambiente e, por isso, a consultoria de um especialista é fundamental.
Utilização de filtro para lagos da Kallina.
Ao instalar uma piscina natural, você constrói um ecossistema que vai mudando com o tempo, o que pode, inevitavelmente, atrair animais e insetos (calma, eles vão para a zona de regeneração, pois a piscina em si não lhes interessa!). É muito importante que as duas áreas sejam separadas por uma tela, pois elas devem se conectar, não se misturar.
Piscinas naturais: ter ou não ter, eis a questão?
Como as piscinas naturais não precisam de produtos químicos para o tratamento da água, elas são muito mais sustentáveis, além de um alívio para pele e cabelo e uma deliciosa conexão com a natureza.
De quebra, se você tiver um animal de estimação, pode até ficar despreocupado caso ele beba a água da piscina, pois não irá prejudicar a saúde.
E as vantagens não param por aí: o gasto das bombas hidráulicas usadas é 30% menor do que as usadas em piscinas convencionais. Além disso, seu custo de manutenção é baixo, pois como a água está sempre oxigenada, as plantas se regeneram constantemente e não há risco de produção de microrganismos e bactérias.
O que você precisa fazer para deixar sua piscina natural sempre em ordem? Ficar atento para retirar folhas mortas e outros resíduos gerados pelas plantas, além de aspirar o fundo uma ou duas vezes por mês para evitar a formação excessiva de calcário.
É claro que nem tudo são flores e a parte desafiadora é que, em primeiro lugar, o período de adaptação das plantas para que o sistema de filtragem funcione bem pode demorar até um mês. Além disso, a água não terá aquele azul transparente das piscinas artificiais.
Espaço e mão de obra especializada
Se você quer uma piscina natural, certifique-se de duas coisas: a primeira é se você terá espaço suficiente para ela (lembre-se do local para a zona de regeneração) e a segunda é de encontrar mão de obra especializada para construí-la.
Prepare-se, também, para um investimento inicial mais alto do que as piscinas tradicionais. Por outro lado, o custo de manutenção mais baixo pode compensar no longo prazo. Faça as contas e pese os prós e contras.
Agora, se a ideia de piscinas naturais não couber, mas ainda assim você busca uma atmosfera de natureza, que tal investir em uma piscina com cascata de pedra? Taí uma opção para refrescar, relaxar e trazer um pouquinho de verde para combinar com o azul das águas.